terça-feira, abril 08, 2008

Quando se espera!...



Quando se espera ,

as horas são maiores

o tempo, é outra coisa que magoa.

Ele prometera que voltava,

ela acreditou que viria.

Assim, foi desfiando os dias

Com as estações nos dedos

A fugirem meses!...

Apagou-se a vontade,

O rosto virado a poente

As palavras secas,

num leito de riacho

onde passeavam o futuro.

Mas acabou tudo, na espera

sem regresso, no gesto ameaçado

de cansaço!...

Envelheceram os dois,

sem que se cruzassem mais...

annadomar