segunda-feira, março 09, 2009

Quioto!...








Anoitece. Pássaros riscam de preto o fundo azul do céu. O viajante pisa o caminho feito de pó. Vai com ele uma rapariga de olhos raiados, cintilantes.

Um barco sobe parado o rio. Por debaixo da ponte de madeira, no escuro, um casal beija-se como quem morre. Na floresta os bambus estremecem ao som do vento. As estrelas espreitam.

Uma saudade vaga ocupa os corações. A cidade dorme ao abandono. A beleza. Ninguém sabe para quem, ou para quê

Pedro Paixão
O Mundo é Tudo o que Acontece