sexta-feira, novembro 17, 2006


São estes espaços, que nos fazem parar de repente!... A magnitude da solidão surge por entre a luz, que teimosamente se escapa de nós e dos objectos que fomos criando ao longo da caminhada. Cheira a jasmim e incenso, enquanto os passos percorrem o labirinto dos afectos, de mãos dadas com a vida de todos os dias tão cansada! É tudo tão feito de silêncios, que magoa o som de uma goteira longínqua.
São estes espaços, que nos trazem a pureza de acordar ainda espantada, porque a luz nos persegue. Apetece parar, ficar, estender a língua e beber a febre destes tons de uma varanda sobre a alma!...
annadomar