quarta-feira, janeiro 03, 2007

As mãos pressentem!...


As mãos pressentem a leveza rubra do lume
repetem gestos semelhantes a corolas de flores
voos de pássaro ferido no marulho da alba
ou ficam assim azuis
queimadas pela secular idade desta luz

encalhada como um barco nos confins do olhar
ergues de novo as cansadas e sábias mãos tocas o vazio
de muitos dias sem desejo e o amargor húmido
das noites e tanta ignorância
tanto ouro sonhado sobre a pele tanta treva
quase nada


Al Berto