Um fio de água!...

Desprende-se dos olhos suavemente,corre pela garganta e sinto-o a cair gota a gota no estômago.
Enquanto isso acontece, olho o tecto do quarto ainda em obscuridade, abro alternadamente um e outro olho, numa tentativa de inverter essas gotas que se desprendem em manhãs sem sentido, cheias de horas, cheias de vazios, cheias de palavras tristes, que escurecem a alma...
De repente dou um salto da cama, caio no tapete, escorrego muito devagar, arrasto-me até um café quente, espreito o dia sem pressa, tenho tempo de olhar por ele.
São assim às vezes as manhãs com um fio de água, salpicadas de gotas de cristal!
annadomar
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