Caderno de Porto Velho!...

escrevo o espaço que vai das
tuas mãos ao renque de alfazemas
sombra aprendida em aromáticos versos
desconheço ainda esta cidade
desconheço ainda esta cidade
depois de tantos anos
mas aprecio
pela tarde o lento rir das áleas
pela tarde o lento rir das áleas
avenidas de timbre meridional
casas onde ainda se pode descascar a fruta
atirar a casca para um alguidar partido
atirar a casca para um alguidar partido
e onde na trégua do calor maior as crianças costeiras
tomam o alcatrão das ruas a areia das praias
rompem este silêncio de vagar portuário
rompem este silêncio de vagar portuário
de palavras como ruína que envolvem
o sentido do que escrevo
as tuas mãos ou o espaço que vai das
as tuas mãos ou o espaço que vai das
tuas mãos ao renque de alfazemas
Miguel Manso
Miguel Manso
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