terça-feira, março 27, 2007

Pé ante pé!...



Pé ante pé, como se dançasse

Espreitou a vida, no silêncio

da madrugada

Não viu ninguém, não ouviu ninguém

Nem os seus próprios passos

Marcavam o compasso do ruído

O vazio que encontrou nesta intenção de ver

Coagiu-a ao regresso da partida

Mas quando chegou,

Já tudo era diferente

Perdera a leveza dos gestos

A inocência da voz

O brilho do olhar ardente

Com que esgotava a noite

ou o relembrar do dia

A madrugada perdera o orvalho

com que se vestia

Mas ela, dançava melhor!...

annadomar