segunda-feira, junho 18, 2007

Gato Preto!


Há um gato preto
No meu imaginário
De pertença
Espreguiça-se, olha-me seriamente
Espera que eu me sente
Estende-se aos meus pés
E aí muito quietos
Pensamos para nós
Tudo aquilo que não podemos dizer
A raiva, o silêncio, a desistência,
os amores, os ressentimentos.
Uma panóplia de sentimentos
Que nos fazem deslizar para um breve sono
Como uma fuga, ou apenas o cansaço
De um gato preto do meu imaginário
De mim a tentar ir para o outro lado
Onde o tempo desce as escadas
E traz a memória fresca das tardes
Preguiçosas salpicadas de chuva!...
annadomar