quarta-feira, junho 27, 2007




Regresso devagar ao teu sorriso como quem volta a casa.

Faço de conta que não é nada comigo.

Distraído percorro o caminho familiar da saudade,

pequeninas coisas me prendem,

uma tarde, num café, um livro.

Devagar te amo e às vezes depressa,

meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,

regresso devagar a tua casa, compro um livro,

entro no amor como em casa.


Manuel António Pina