segunda-feira, julho 02, 2007

Por tudo!...




Por tudo, por nada

Escrevo o azul dos teus olhos

Tombados no oceano do esquecimento

É ainda o azul, que sempre nos despe

Que cai em socalcos de lágrimas

De saudade de tempos quentes

em que a água chegava à boca

Matando a sede das copas das árvores

Ou somente ao teu desejo de olhar

Parados no vento, dobramos a esquina

Do nosso desencontro

Ficou-nos o por tudo e o por nada deste azul

Em que mergulhamos sem medo de peito aberto

Ao que já foi nosso e já não é mais

Mas a memória, cheira a maresia!...

annadomar