Por tudo!...

Por tudo, por nada
Escrevo o azul dos teus olhos
Tombados no oceano do esquecimento
É ainda o azul, que sempre nos despe
Que cai em socalcos de lágrimas
De saudade de tempos quentes
em que a água chegava à boca
Matando a sede das copas das árvores
Ou somente ao teu desejo de olhar
Parados no vento, dobramos a esquina
Do nosso desencontro
Ficou-nos o por tudo e o por nada deste azul
Em que mergulhamos sem medo de peito aberto
Ao que já foi nosso e já não é mais
Mas a memória, cheira a maresia!...
annadomar
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