Sentava-se aqui!...

Sentava-se aqui
de frente para o lago.
Contava os dias , depois as horas
e por fim os dedos gelados.
Vinha sempre com os olhos brilhantes,
ansiosos da chegada.
Exercícios de solidão
escrevem-se em bancos
de frente para o lago
Há almas ternas
que se despedem ao fim
de cada dia não vivido,
sem promessas para amanhã.
Amanhã é tão longe
Amanhã é tão frio
Amanhã, o que é amanhã?
annadomar
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